Minha experiência no mundo Blockchain

Quando falamos em Blockchain, nos referimos a uma das tecnologias mais inovadoras do mundo e que representa grande concorrência dentro do mercado. Agora, no mundo do Blockchain, criptomoedas, NFTs, Web3 ou qualquer outro termo que possamos associar ao ecossistema, ainda estamos muito longe em termos de igualdade de gênero. É verdade que, embora haja mulheres se desenvolvendo e vivendo no setor, o maior percentual de participação é dos homens.

Quero contar um pouco mais sobre a minha experiência dentro desse ecossistema como mulher. Como parte da minha carreira na área de Recursos Humanos, surgiu a oportunidade de iniciar minha jornada em uma empresa de desenvolvimento de Blockchain para clientes nos Estados Unidos e Europa.

A princípio, a quantidade de terminologia, ferramentas e tecnologias utilizadas era ruidosa, pois sem saber quase nada sobre o assunto, fica difícil entender os detalhes básicos. Porém, muita leitura e vivência do dia a dia me permitiram dominar essas seções e afirmar hoje que me sinto preparada como mulher para aplicar meus conhecimentos técnicos na área de Recursos Humanos no mundo Blockchain.

Conhecimento é a chave

Além de saber, em termos gerais, o que um desenvolvedor de software como Fullstack, Frontend ou Backend faz ou deveria fazer; Você também deve entender quais habilidades são essenciais para um desenvolvedor Blockchain. É aqui que entram tecnologias como Solidity e Rust. Por serem tecnologias tão novas no mercado, a concorrência está cada vez mais próxima, principalmente devido aos anos de experiência.

Essas tecnologias estão completamente ligadas ao mundo Blockchain e criptomoeda, mas nem todos os desenvolvedores Blockchain têm a experiência necessária, pois vários fatores entram em jogo ao selecionar o recurso certo.

Aqui é importante entender que tipo de conhecimento o perfil tem em relação ao ecossistema. Por exemplo, se é um conhecimento teórico ou se é um conhecimento prático. Por sua vez, se a experiência foi obtida individualmente através de cursos ou vídeos ou melhor através da experiência com uma empresa do setor. Da mesma forma, é importante saber se aquela experiência foi colocada em produção ou se o código nunca foi oficializado, por assim dizer.

Todos esses fatores vão te ajudar a entender melhor de que tipo de perfil estamos falando. Então, um dos requisitos mais importantes também entra em jogo: anos de experiência. Devido ao tempo das tecnologias no mercado, é difícil encontrar perfis muito experientes e os poucos que existem têm aspirações salariais muito altas.

Experiências y habilidades

Podemos concluir, neste caso, que uma boa experiência pode ser de cerca de 3 a 4 anos trabalhando com uma empresa de criptografia. Porém, também existem diversas arestas em que um perfil com experiência criptográfica pode classificar seus conhecimentos: existe a área de NFT, DEFI (ou também conhecida como Finanças Descentralizadas), metaverso, games, etc. Portanto, tudo vai depender da borda em que a empresa é especializada.

Somados a isso, muitos outros fatores também entram em jogo que podem ajudar a definir um perfil como um "bom recurso" a ser incorporado à empresa e isso está mais relacionado às soft skills da pessoa, como trabalho em equipe, capacidade de trabalho sob pressão, liderança, responsabilidade, comprometimento, entre muitos outros fatores.

Agora, depois de experimentar o recrutamento de desenvolvedores para o mundo Blockchain, posso afirmar com total firmeza que foram pouquíssimas as mulheres que tive a oportunidade de entrevistar para ouvir sobre seus conhecimentos e experiências. O que significa que o percentual de participação feminina no setor é muito baixo, principalmente do ponto de vista do desenvolvimento.

Mais e mais mulheres estão assumindo um papel de liderança no mundo da Web3, mas assim como as mulheres empoderadas lideram muitos outros setores, isso não deve ser uma exceção para tornar a participação entre mulheres e homens mais equitativa.

Espero que o artigo tenha sido do seu agrado. Até a próxima!