Cloud Computing: O que é, os diferentes modelos e para o que serve?

Cloud Computing: O que é, os diferentes modelos e para o que serve?

Se você já leu alguns dos meus textos no Medium, sabe que uma das minhas paixões é descomplicar termos técnicos. Então vamos lá porque hoje temos um dos meus assuntos favoritos e o que trabalho no meu dia a dia, na empresa e também com meus clientes: NUVEM!

Segundo o Instituto National Institute of Standards and Technology (NIST), Cloud Computing é, em tradução livre “um modelo para permitir acesso onipresente, conveniente e sob demanda à rede a um conjunto compartilhado de recursos de computação configuráveis ​​(por exemplo, redes, servidores, armazenamento, aplicativos e serviços) que podem ser rapidamente provisionados e liberados com esforço mínimo de gerenciamento ou interação do provedor de serviços."

De maneira mais simples, o termo Computação em Nuvem, ou Cloud Computing, é a disponibilidade de recursos de computação - sejam eles armazenamento (discos), poder computacional (CPUs) ou memória (RAM), através da internet, para clientes finais (como eu e você) ou para grandes organizações (como a Netflix ou Spotify).

Utilizar-se de recursos de nuvem traz inúmeros benefícios para as empresa, como:

  • Rapidez e agilidade: ter todos os recursos a seu dispor, a qualquer momento, acessível de qualquer aparelho e por qualquer usuário da organização, faz com que os usuários de nuvem provisionem recursos mais rapidamente, ocasionando em lançarem seus produtos e aplicativos mais rápidos no mercado. Isso torna uma vantagem competitiva ao longo prazo em seus mercados
  • High Availability, ou Alta Disponibilidade, em português: esses recursos que mencionei estarão sempre disponíveis para os clientes, pois são distribuídos em diversas regiões, países e continentes.
  • Alcance global: empresas que têm mercado em diferentes países se beneficiam de utilizar-se de recursos na nuvem que estão disponíveis em diversos lugares. Por exemplo, os serviços de computação e armazenamento da Microsoft Azure estão disponíveis em diversos países. Ao acessar esses recursos na Europa ou no Japão, a latência é menor, uma vez que os recursos estão fisicamente próximos dos usuários.
  • O que nos leva ao terceiro benefício: Disaster Recovery (DR), ou Recuperação de Desastres, em português: como comentei neste artigo. A Recuperação de Desastres tem como objetivo “garantir que o negócio não seja interrompido no que diz respeito à área de Tecnologia da Informação (TI), cuidando do centro de dados, servidores, laptops, banco de dados, aplicações, entre outros”. Por esses recursos estarem espalhados por diversos continentes, como citei anteriormente, a estratégia de um DR resiliente é um dos benefícios da implementação da nuvem nos negócios.

As Cinco Características da Cloud

O Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia também define as cinco características que fazem uma infraestrutura ser considerada nuvem. São elas:

  • Serviço self-service: como em um catálogo de restaurante, o usuário tem acesso, na palma da mão, a diversos serviços e recursos computacionais para usufruto: seja ele memória, armazenamento e processamento. Outros serviços disponíveis na nuvem também são: banco de dados, serviços de machine learning, entre outros. Veja alguns exemplos de serviços de nuvem que o Google oferece, neste link;
  • Rápida Elasticidade: ao utilizar-se de serviços de nuvem, o cliente pode aumentar ou diminuir recursos conforme as demandas do dia, da semana ou do mês. Um exemplo clássico é a época de Black Friday, onde os sites de e-commerce recebem um tráfego mais alto e incomum se comparado ao resto do ano. Nesse período, precisa-se aumentar os recursos computacionais, mas que não serão necessários após alguns dias. Dessa forma, a empresa paga somente pelo período em que está usando os recursos, tornando seu consumo mais eficiente.
  • Pool de recursos: serviços de nuvem providenciam um repositório de recursos para que o cliente possa se beneficiar, como dito anteriormente: memória, armazenamento, etc. Esses recursos fazem parte de uma pool (ou repositório) que ficam a disposição de forma eficiente para o cliente.
  • Amplo acesso à rede: os recursos de nuvem estão disponibilizados em diversas regiões, sendo assim, o amplo acesso à rede permite que os usuários se utilizem de uma ampla rede que pode ser acessada (em sua maioria das vezes) globalmente, em diversas regiões, basta apenas que os usuários tenham acesso a internet. Ao construir uma estratégia de nuvem eficiente, o cliente precisa levar em consideração os requerimentos de banda larga de conexão e latência, para garantir uma boa experiência ao usuários.
  • Serviço medido: em um ambiente de nuvem, o cliente tem acesso a metrificação dos serviços e recursos computacionais que estão sendo utilizados. Pense nessa característica como a conta do seu celular que descreve o número de mensagens, ligações e consumo de MB/GB utilizados naquele mês. Simples de ver o que você consumiu durante aquele período, certo? Com a nuvem é a mesma coisa, porém os itens estão relacionados ao consumo de CPU, memória utilizada, espaço consumido nos discos, etc.

Modelos de Computação em Nuvem

Ao escolher uma estratégia de nuvem, uma empresa pode optar por quatro formas de implementação:

  • Nuvem Privada: na qual todos os serviços e recursos computacionais (memória, CPU, redes, e armazenamento) residem em em suas premissas e não há compartilhamento de recursos com outras empresas. A nuvem privada pode ser gerenciada pela própria empresa ou gerenciada por um terceiro contratante da empresa.
  • Nuvem Pública: todos os serviços e recursos computacionais estão disponibilizados em um ambiente virtualizado e podem ser acessados pela internet. Os provedores de nuvem pública mais comuns são: Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure, Google Cloud Platform (GCP), Alibaba.
  • Nuvem híbrida: é composta por 2 ou mais tipos de nuvem (por exemplo, os dados e aplicações da empresa estão na nuvem privada, e outros estão na nuvem pública). Nesse modelo, é essencial que a empresa tenha algum tipo de gerenciamento, orquestração e portabilidade entre as nuvens, para garantir que a infraestrutura esteja oferecendo recursos eficientes para seus usuários.
  • Estratégia Multi-Nuvem: enquanto a nuvem híbrida refere-se a 2 tipos de nuvem coexistindo, a estratégia multi-nuvem refere-se a 2 ou mais nuvens, independente do tipo (por exemplo, uma empresa utilizando-se de serviços da Azure e da AWS).

Para cada modelo de nuvem acima, é necessária a presença das 5 características citadas anteriormente.

Independentemente se a empresa está construindo sua própria infraestrutura de nuvem privada, terceirizando o seu gerenciamento ou simplesmente usando os serviços de nuvens públicas, é necessário garantir que ela tenha estrutura para acomodar todos os recursos, em um portal de acesso para o usuário e com as métricas definidas de consumo.

E aí, você já conhecia esse termo? O que você achou?

Você está trabalhando ou tem interesse em trabalhar nessa área? Comenta aqui na publicacao e vamos conversar. ;)